Os principais fatores que podem aumentar o risco para desenvolver câncer de pênis são:

• Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV): diagnosticada em cerca de metade dos cânceres de pênis.

• Fimose: condição que pode ocorrer em homens não circuncidados, quando o prepúcio fica apertado e difícil de retrair. O câncer de pênis é mais comum em homens adultos com fimose devido a presença de inflamação crônica.

• Tabagismo: fumantes apresentam mais propensão a desenvolver câncer de pênis do que os que não fumam. Se o fumante tiver infecções pelo HPV, o risco é ainda maior.

• Idade: cerca de 80% dos casos são diagnosticados em homens com mais de 55 anos de idade. A idade média ao diagnóstico é de 68 anos.

• Má higiene do pênis

• Mudança de cor ou textura da pele em alguma área do pênis.

• Ferida ou úlcera crônica que não cicatrizam.

• Aparecimento de protuberâncias avermelhadas e aveludadas.

• Secreção persistente e com mal cheiro.

• Inchaço.

• Nódulos sob a pele ou na região da virilha.

• Dor.

• Coceira.

Vale ressaltar que esses sintomas também podem estar relacionados a outras doenças que não o câncer de pênis. Assim é essencial consultar um médico especialista para o diagnóstico correto e tratamento.

Na presença de qualquer alteração no pênis é importante procurar um médico urologista, lembrando que o diagnóstico precoce permite tratamentos menos agressivos e aumenta a chance de cura.

A primeira medida para o diagnóstico são as informações referentes ao histórico clínico do paciente e o exame físico completo, incluindo observação cuidadosa da região genital e inguinal. No caso de sinais e sintomas direcionarem para a suspeita de câncer pênis, o médico pedirá uma biópsia da área suspeita para confirmação do diagnóstico. Além disso, ele poderá pedir exames adicionais como tomografia, ressonância, ultrassonografia, exames laboratoriais, PET-Scan entre outros para complementar a avaliação e realizar o estadiamento.

Entre os tipos de biópsias que podem ser solicitadas estão:

• Biópsia incisional: geralmente utilizada quando há lesões maiores. É feita com anestesia local e apenas uma parte do tecido é retirada.

• Biópsia excisional: opção no caso de lesões pequenas, feita com anestesia geral ou bloqueio, com objetivo de retirar toda a lesão.

• Biópsia dos linfonodos: no caso de linfonodos (gânglios) inguinais aumentados, os mesmos podem ser biopsiados para confirmar acometimento pela doença antes do início do tratamento.

• Punção aspirativa por agulha fina (PAAF): procedimento alternativo à biópsia linfonodal para verificar se há doença nos gânglios linfáticos. Pode ser realizada com ou sem anestésico local. Na PAAF, uma agulha fina acoplada a uma seringa aspira uma amostra do tecido tumoral para análise.

As principais opções de tratamento para pacientes com câncer de pênis incluem terapia local, cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Esses tratamentos podem ser usados de modo isolado ou combinado.

• Terapia local consiste em tratamentos tópicos, laserterapia, circuncisão e ressecções cirúrgicas menos agressivas geralmente indicadas para lesões pequenas, não invasivas e menos agressivas.

• Cirurgia: nos casos de lesões agressivas e infiltrativas, o tratamento cirúrgico com ressecções mais amplas, como a glandectomia (retirada da glande), a penectomia parcial ou total (as conhecidas amputações penianas), se faz necessária. Sempre que possível procura-se preservar o órgão, manter a função sexual e a qualidade de vida do paciente, porém priorizando o controle oncológico. Uma característica do câncer de pênis é a possibilidade de disseminação para os gânglios linfáticos inguinais sendo que, dependendo do estadiamento e estratificação de risco, pode ser necessária uma cirurgia adicional para a retirada desses gânglios.

• Radioterapia é um tratamento efetivo para carcinomas espinocelulares e no caso de câncer de pênis pode ser uma opção em situações específicas como tumores localizados onde o objetivo seria a manutenção do órgão. Também pode ser utilizada como uma alternativa à cirurgia em tumores localmente avançados.

• Quimioterapia por sua vez pode ser uma opção na presença de tumores maiores não passíveis de ressecção, sendo utilizada isoladamente ou associada à radioterapia, ou em casos em que a doença se disseminou para outros órgãos.