Os atendimentos podem ser realizados presencialmente ou on-line.

SAIBA MAIS SOBRE
O CÂNCER DE RIM
OS RINS
Os rins são órgãos que fazem parte do sistema urinário e estão localizados na região lombar, acima da cintura, um em cada lado da coluna vertebral. O rim direito normalmente é menor que o esquerdo e está em uma posição um pouco mais baixa.
Eles são responsáveis pela formação da urina. Apresentam um formato que lembra um feijão, e possuem um tamanho compreendido entre 10 cm e 13 cm de comprimento e peso de 120 g a 180 g.
O câncer de rim é frequentemente descoberto em um estágio inicial, quando o câncer é pequeno e confinado ao rim, com altas taxas de cura após o tratamento.
O carcinoma de células renais é o tipo mais comum de câncer renal em adultos. Outros tipos menos frequentes podem ocorrer, entre eles, o carcinoma urotelial.
Crianças pequenas são mais propensas a desenvolver um tipo específico de câncer renal chamado tumor de Wilms.
A incidência de câncer renal parece estar aumentando. Uma razão para isso pode ser o fato de que as técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada, estão sendo usadas com mais frequência. Esses testes podem levar à descoberta incidental de mais casos de cânceres renais.
Veja as principais perguntas e respostas sobre o câncer de rim
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O desenvolvimento do câncer renal geralmente é multifatorial. Os principais fatores que podem aumentar o risco de aparecimento da doença são:
Envelhecimento: o risco de câncer renal aumenta com a idade.
Tabagismo: fumantes têm um risco maior de desenvolver câncer renal do que os não fumantes. O risco diminui depois que a pessoa larga o vício.
Obesidade: pessoas obesas (IMC > 30) têm um risco maior de câncer renal do que as pessoas consideradas com peso saudável.
Pressão alta (hipertensão): a pressão arterial elevada ao longo do tempo aumenta o risco de câncer renal.
Tratamento para insuficiência renal: as pessoas que recebem diálise por longo prazo para tratar a insuficiência renal crônica têm maior risco de desenvolver câncer renal.
Hereditariedade: as pessoas que nascem com certas síndromes hereditárias podem ter um risco aumentado de câncer renal, como aquelas que têm a síndrome de Von Hippel-Lindau, síndrome de Birt-Hogg-Dube, complexo de esclerose tuberosa, carcinoma de células renais papilífero hereditário, leiomiomatose hereditária e carcinoma de células renais, assim como outras síndromes hereditárias menos frequentes.
História familiar de câncer renal: o risco de câncer renal é maior se familiares próximos tiveram a doença.
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O câncer de rim geralmente não apresenta sinais ou sintomas em seus estágios iniciais. Com o tempo, sinais e sintomas podem se desenvolver, incluindo:
Sangue na urina, que pode aparecer rosa ou vermelho.
Dor nas costas ou lateral que não desaparece.
Massa abdominal palpável.
Perda de apetite.
Perda de peso inexplicável.
Cansaço.
Febre.
Vale ressaltar que esses sintomas também podem estar relacionados a outras doenças que não o câncer de rim. Assim é essencial consultar um médico especialista para o diagnóstico correto e tratamento.
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Os testes e procedimentos usados para diagnosticar o câncer de rim podem incluir:
Exames de sangue e urina (exames laboratoriais): testes de sangue e urina podem dar ao médico pistas sobre o que está causando seus sinais e sintomas.
Exames de imagem: os exames de imagem permitem que se visualize um tumor ou anormalidade renal. Os exames de imagem podem incluir ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Remoção de uma amostra de tecido renal (biópsia): em algumas situações, o médico pode recomendar um procedimento para remover uma pequena amostra de tecido (biópsia) de uma área suspeita de seu rim. A amostra é testada em um laboratório para procurar células sugestivas de câncer. Este procedimento nem sempre é necessário.
Uma vez identificada a lesão renal que pode ser câncer, o próximo passo é determinar a extensão (estágio ou estádio) do câncer, ou seja, se ele está apenas no rim (localizado) ou se compromete outros órgãos (o que chamamos de metástase). Os testes de estadiamento para câncer renal podem incluir tomografias computadorizadas adicionais ou outros exames de imagem que seu médico considere apropriados.
O estadiamento do câncer renal é indicado por algarismos romanos que variam de I a IV, com os estádios mais baixos indicando câncer confinado ao rim. No estádio IV, o câncer é considerado avançado e pode ter se espalhado para os gânglios linfáticos ou para outras áreas do corpo.
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Tratamentos cirúrgicos
Para a maioria dos cânceres renais, a cirurgia é o principal tratamento e que oferece a maior possibilidade de cura. O objetivo da cirurgia é remover o câncer preservando a função renal normal, sempre que possível. As operações usadas para tratar o câncer de rim incluem:
Remoção total do rim afetado (nefrectomia): uma nefrectomia completa (radical) envolve a remoção de todo o rim envolto pela sua gordura e, ocasionalmente, tecidos próximos adicionais como gânglios linfáticos, glândula adrenal ou outras estruturas que possam estar comprometidas pela doença. O cirurgião pode realizar uma nefrectomia por meio de uma única incisão no abdômen ou na lateral (nefrectomia aberta convencional) ou através de uma série de pequenos orifícios no abdômen (nefrectomia videolaparoscópica ou robótica).
Remoção apenas do tumor renal (nefrectomia parcial): também chamada de cirurgia poupadora de néfrons, o cirurgião remove apenas o nódulo cancerígeno e uma pequena margem de tecido saudável que o envolve, preservando todo o restante do rim. Pode ser feita através da via aberta convencional, videolaparoscópica ou com assistência robótica. A cirurgia robótica oferece vantagens em relação as demais técnicas por preservar melhor o tecido renal saudável, pelo risco menor de sangramento e pelo menor tempo de isquemia renal. A cirurgia poupadora de néfrons ou nefrectomia parcial é um tratamento comum e indicado para pequenos cânceres renais. Quando possível, a nefrectomia parcial é geralmente preferida a uma nefrectomia completa com o intuito de preservar a função renal e reduzir o risco de complicações posteriores como doença renal crônica, necessidade de diálise e consequentes complicações cardiovasculares. Já está muito bem estabelecido pela literatura médica a segurança e eficácia da técnica poupadora de néfrons no tratamento do câncer renal.
Tratamentos não cirúrgicos
Os cânceres renais às vezes podem ser apenas acompanhados. É o que chamamos de vigilância ativa. Geralmente a vigilância é indicada para tumores pequenos em pacientes com idade avançada ou com múltiplas comorbidades onde o risco cirúrgico acaba sendo proibitivo.
Em situações em que o paciente tenha indicação de tratamento, mas não possa ou não queira ser submetido à cirurgia, existem outras modalidades de tratamento não cirúrgicas com bons resultados em pacientes selecionados. Estas técnicas consistem na destruição das células cancerígenas através do calor ou do frio.
As opções podem incluir:
Tratamento para congelar células cancerígenas (crioablação): durante a crioablação, uma agulha especial é inserida no tumor renal através da pele utilizando ultrassom ou tomografia para orientação. Gás frio na agulha é usado para congelar as células cancerígenas.
Tratamento para aquecer células cancerígenas (ablação por radiofrequência): durante a ablação por radiofrequência, uma sonda especial é inserida no tumor renal através da pele utilizando ultrassom ou tomografia para orientação. Uma corrente elétrica é passada através da agulha fazendo com que as células cancerígenas se aqueçam e sejam destruídas pelo calor.
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O câncer de rim que volta após o tratamento inicial e o câncer de rim que se espalha para outras partes do corpo (as chamadas metástases) podem não ser curáveis. Os tratamentos podem ajudar a controlar o câncer e oferecer qualidade de vida para o paciente. Nestas situações, os tratamentos podem incluir:
Cirurgia para remover o máximo possível do câncer de rim: no contexto de uma doença metastática, a cirurgia para remoção do rim ou outras áreas ou órgãos acometidos pelo câncer pode até ser indicada com intuito curativo, principalmente quando o volume de doença metastática é pequeno e passível de ser retirado, além do paciente ter condições clínicas de suportar o tratamento proposto. Entretanto, frequentemente indicamos a cirurgia citorredutora com o objetivo de melhorar o controle da doença e aumentar a sobrevida. Em outras situações em que isso não é possível, a cirurgia no cenário metastático é apenas indicada para aliviar os sintomas decorrentes do câncer como dor persistente refratária aos analgésicos ou sangramento urinário de difícil controle (chamada de cirurgia paliativa).
Terapia direcionada (terapias alvo): os tratamentos com medicamentos direcionados concentram-se em anormalidades específicas presentes nas células cancerígenas. Ao bloquear essas anormalidades, os tratamentos com medicamentos direcionados podem causar a morte das células cancerígenas. Seu médico pode recomendar o teste de suas células cancerígenas para ver quais drogas direcionadas podem ser mais eficazes.
Imunoterapia: a imunoterapia usa seu sistema imunológico para combater o câncer. O sistema imunológico do seu corpo que combate doenças pode não atacar o câncer porque as células cancerígenas produzem proteínas que as ajudam a se esconder das células do sistema imunológico. A imunoterapia funciona interferindo nesse processo.
Radioterapia: a radioterapia usa feixes de energia de alta potência de fontes como raios-X e prótons para matar células cancerígenas. Às vezes, a radioterapia é usada para controlar ou reduzir os sintomas do câncer renal que se espalhou para outras áreas do corpo, como os ossos e o cérebro.
Testes clínicos: os ensaios clínicos são estudos de pesquisa que oferecem a você a chance de experimentar as últimas inovações no tratamento do câncer renal. Alguns ensaios clínicos avaliam a segurança e eficácia de tratamentos potenciais. Outros ensaios clínicos tentam encontrar novas maneiras de prevenir ou detectar doenças. Se você estiver interessado em tentar um ensaio clínico, discuta os benefícios e riscos com seu médico.